SABER OUVIR, SABER SORRIR, SABER DAR.. DESCOBRE O SOLIDÁRIO QUE HÁ EM TI!! A Acreditar levou-me à pediatria do IPO..

sábado, 13 de março de 2010

3.03.2010 Aula Aberta na Universidade Sénior de Setúbal



A honroso convite da Universidade Sénior de Setúbal pela mão da estimada amiga e poetisa Setubalense Alexandrina Pereira, estive no passado dia 3 de Março na aula de Poesia. Um privilégio muito grande e um momento singular de partilha de vida e experiências. Pude falar de quem é o José de Almeida, quem é o Tio Zé e o Projecto que ambos abraçam ligado à Acreditar e às crianças com cancro. O mote do último livro (Fábula-O Pequeno Golfinho Roaz) levou-nos até à agitada sessão de autógrafos bastante concorrida através do gesto solidário dos cerca de 30 alunos da Professora Alexandrina. Tal como sempre o 'Tio Zé' gosta de cumprir com o prometido. Nesta aula fui surpreendido com um especial 'trabalho de casa' realizado por todos os alunos, uma poesia inspirada numa 'palavra' ACREDITAR. Tive a honra de ouvir os fantásticos poemas lidos pelos autores e num gesto muito lindo de solidariedade ofereceram-me estas poesias com elevado sentido afectivo para mim. Tal como disse algumas linhas atrás, prometi, editar neste Blog todas as poesias que me foram entregues, num momento de partilha com todos aqueles que seguem o meu projecto...






Acreditar

Nos momentos em que a tristeza é como vidro
Que corta a ternura e o amor...
Nos dias em que as horas se acutilam
Desfazendo os sonhos como espuma...
Não sei se acredito na vida, no sonho
Ou em coisa nenhuma.

Não acredito no vento
Que canta no ramo das árvores
Não acredito na chuva
Que despedaça as estradas
Não acredito...
Não acredito...
Mas eis que o Sol rompe
E ouve-se um grito!:

ACREDITA!

Porque ACREDITAR é gostar de ouvir o vento
Mesmo que ele corte o arvoredo
ACREDITAR é vaguear na noite sem estrelas
E não ter medo!
ACREDITAR é aceitar nas mãos
O pequeno rio
O frágil pássaro
A Lua escondida...

ACREDITAR é... ACREDITAR na VIDA!

Alexandrina Pereira


Acreditar

De espírito solto
e, sem pensar em nada de especial
onde o artificial não faz sentido,
soltaste o cabelo ao vento
e foste prá rua caminhar... devagar.
Com aguarelas e pinceis
mudaste as cores coloridas
e pintas-te-as de mais mil cores...
ao som da tua fantasia,
ao sabor da tua imensa alegria
giraste... e voltaste a girar!
Criaste um modo de estar especialmente teu,
contagiaste tudo ao teu redor e nasceu um ser belo...
num perfeito mundo singelo
onde a pureza aí, ainda faz sentido...
onde o amor qualquer amor tem um sabor...
não se torna estranho e não é mais proibido.
Acreditar é teu lema...
um emblema que embeleza a pureza
e a alegria de viver, uma bandeira
portuguesa extensível a todo o ser
que agarra o estandarte,
e que quer acreditar
e que quer ser feliz... em toda a parte!

Anna Netto


Há que Acreditar

Toda a vida traz um destino
Na alegria e no sofrer;
Desde o berço em pequenino
Aceite-se ou não o Divino...
O vento é calmo no adormecer!

É preciso Acreditar
Sem deixar de ser Humano;
Pesado ou leve o lutar
Temos de alimentar o sonhar,
Neste Mundo, por vezes, insano.

Vamos multiplicando os sentidos,
Guiando a alma com serenidade;
Acordar os sonos perdidos
Entre noites e dias divididos,
Intercalando a bela vontade.

Todo o Ser tem uma madrugada,
No desabrochar do caminho;
Numa convergência iriada
Brilha a esperança desejada
Aquece o coração de mansinho.

Sem fechaduras nem portas
Abram-se todas as janelas...
Surjam poemas em horas mortas
Acabem com amarras e rotas
O VIVER será... mastro sem velas!

Inácio Lagarto


Acreditar

Corre a vida como água
Foge a sorte como o vento,
E nas horas tão difíceis
Complicadas equações,
Esquemas, interpretações,
De Saramago ou Camões.

Foge a sorte como areia
A escorregar entre os dedos.
Corre o tempo e não encontro
Paz, amor e amizade,
Tudo aquilo que mereço,
A que chamam felicidade.

Paro o tempo no meu Eu,
E abro o meu pensamento,
Um caderno folheado,
Equação por resolver,
Poema e prosa por escrever.

Eu sou o meu pensamento.
Eu sou o meu coração.
Eu sou o que quiser ser
No amor e compaixão.

Será isto a felicidade
Ou a forma de viver?
Ou como tudo na vida,
Equação resolvida
Em esperança transformada,
Com sinal desconhecido
Mas com tanto prometido!

Vos digo por tão sentido
Que em dobro irão receber
O que hoje estão a dar,

Basta, apenas, ACREDITAR!!!

Suzete Pereira


Acreditar

Despojada acredito
Que a noite é madrugada
E a tempestade bonança
Peregrino em caminhada
Agarro o sonho, a esperança
Verde dourada, doce romã
Aberta na minha mão
Diáfama de bagos rubros
Vida, seiva a palpitar
Sol de raiz escondida
Em subterrâneos turvos
Inverno que já é Verão
Manhã recolhida de Outono
Tarde de Primavera florida
Saudades de um milénio
Saudades de mais um ano
Sonho já realidade
Rompendo com alegria
Passo a passo
Juntos num mesmo abraço
Devagar
Sem pressa
Dia a dia.

Joana Mar


Acreditar

Acredito
Na verdade de quem ama
E sabe ouvir o silêncio
Na doçura dum sorriso
Na força da palavra
No abraço amigo.

Acredito
No amor ao meu país
No perfume da primavera
No Sol que acorda
Os poetas sonhadores
Que espalham por
Toda a parte
Os versos que são sua arte
Em sonhos e fantasia
Acredito nos poetas
Acredito na POESIA.

Custódia Procópio

(To Be Continued.. Para Continuar a Publicação de Poemas...)

http://uniseti.wordpress.com/

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